sábado, 5 de novembro de 2011

Mais Perto Pe. Fábio de Melo






Onde é que você vai com tanta pressa  Com esse ar de quem tem muito o que fazer Se eu posso lhe pedir alguma coisa eu lhe peço: senta  aqui Como um dia eu sentei naquele poço  E a amizade visitou meu coração Fui amigo e o esposo que faltava e hoje pode ser também assim. Os seus olhos me revelam tanta sede e não sou indiferente a sua dor Mas tem coisas que não faço, não são minhas, dependem somente do seu querer O milagre se dará por duas vias Uma é minha e a outra deixo pra você Se você trouxer a mim a sua água eu devolvo vinho Chega mais perto, não tenha medo Não diga nada, silêncio é palavra que não faz segredo Se for preciso enxugo o seu rosto Lágrimas são fragmentos de história que posso entender  Eu lhe vejo entrelaçado em tantos erros Machucando tanta gente sem saber Infeliz vai se tornando pouco a pouco, por favor, queira voltar Não prometo dar-lhe um jardim de flores Mas prometo a força pra poder plantá-lo E asseguro no cultivo estar bem junto, se preciso, lhe consolar Cantaremos a semente germinada, podaremos o que não puder crescer Cada poda há de ter ensinamento eu vou lhe ajudar a compreender Sou o verbo do princípio feito carne Sou o Deus que resolveu ter coração E hoje está sentado à beira deste poço Mirando o seu rosto, na voz deste moço, lhe dando um recado Que se for possível espero visita, não tarde em chegar A casa é a mesma, o mesmo endereço, espero por lá
Chega mais perto.

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