quinta-feira, 14 de julho de 2011

Liturgia Diária

O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

 Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse:  “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Homilía


































Talvez, neste momento, você se sinta de coração sepultado no túmulo de algum pecado ou se encontre num verdadeiro “beco sem saída”. Ou talvez você seja uma daquelas pessoas que, olhando para frente, não conseguem ver uma saída, ao contrário, a vida vai piorando a cada dia e o desespero crescente toma conta do seu coração. E é exatamente neste momento que você para e começa a analisar que está só, que não tem amigos verdadeiros, alguém com quem possa conversar de coração para coração, alguém em quem possa confiar. Ou talvez ainda você se sinta vazio, triste, desprezado, deprimido, com mágoa, ódio e ressentimento.
Não importa se você esteja passando por esta crise, pensando que ninguém se preocupa com você. O que eu quero lhe dizer são estas palavras do Mestre: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados de carregar as vossas pesadas cargas, e eu vos darei descanso”.
Nesse texto, Jesus demonstra o Seu amor por você. Ele se importa com você, por isso, o chama. Ele faz um convite a você. E este é para os que têm problemas, para os cansados e oprimidos; os que estão com cargas tão pesadas e tão grandes que não dão conta de carregá-las sozinhos; os que perderam a esperança até mesmo para esperar; os que estão feridos e com traumas profundos; os que não têm mais caminho para caminhar; os que perderam o rumo da vida, para os que perderam a direção.
O convite é para você que está com o coração quebrado, arrebentado, porque há reabilitação, há cura. É para você que desperdiça a sua vida no mal, pois ainda há possibilidade de se fazer o bem. Para você que já não tem mais perspectiva na vida, expectativa de um novo começo. Para você que se sente desesperado, desprezado. Para você que se sente doente, perdido na vida. Para você que está longe e morto em delitos e pecados.
Talvez você diga: “Minha vida não tem mais jeito, porque ‘o pau que nasce torto’, cresce torto e morre torto!” Mas eu digo a você: “Tem jeito sim! Porque ‘o pau que nasce torto’, só é torto antes de chegar nas mãos do Carpinteiro de Nazaré. Depois de passar pelas Suas mãos sai um móvel precioso, raríssimo de encontrar!”
Jesus Cristo lhe oferece uma nova oportunidade. Ele é o Deus do impossível, o Deus capaz de fazer do vilão um herói; do bandido um santo; do perseguidor um defensor do Evangelho.
Com as palavras “Vinde a Mim”, Jesus nos chama a confiar n’Ele, a crer. Porque ninguém pode ir – e seguir – sem crer, sem confiar n’Ele.
Ele o chama para que você tome sobre si o jugo d’Ele: “Tomai sobre vós o meu jugo”. Jesus não engana a ninguém: Ele não prometeu só “mar de rosas”, porque aqui o jugo quer dizer que tudo aquilo pelo qual Ele passou você terá de passar. Assim como Ele foi perseguido, sofreu, foi maltratado, caluniado, zombado, odiado, abandonado entre ladrões e morto na Cruz – mas que três dias depois ressuscitou – assim também você terá de passar pela mesma situação. Aliás, “ao discípulo basta ser igual ao mestre. Se a mim trataram assim, a vós também. Mas não tenhais medo. Eu venci o mundo!”
Precisamos aprender d’Ele: “e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Chama-nos ao Seu discipulado, a sermos Seus alunos. Ele quer que eu e você sejamos imitadores d’Ele. Ele passará a ser o nosso modelo. Você precisará conhecer mais e mais o seu Senhor, as coisas d’Ele, até chegar ao pleno conhecimento. Mas isso só será possivel se estivermos perto d’Ele. É por isso que também nos chama para estar perto d’Ele, junto d’Ele, para ter comunhão e intimidade com Ele. É urgente que você conte tudo para Deus. Ele lhe dá este privilégio de abrir o peito, a alma e o coração. E então: “achareis descanso para as vossas almas”.
Padre Bantu Mendonça

O Homem que Veio da Sombra

Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.
Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.
Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.
Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.
Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.
Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.
Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.
Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.
Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.
Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.
Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossas mãos e recomenda cuidá-la.
Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito
Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.
Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama.
Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.
Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.
Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.
Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.
Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.
Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.
Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.
Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.
Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.
Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.
Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.
Perdão: É uma alegria que a gente dá e que pensava que jamais a teria
Obsessor: É quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.
Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.
Paz: É o prêmio de quem cumpre  honestamente o dever.
Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.
Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.
Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.
Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar; e estando perto, querer parar o tempo.
Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.
Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.
Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra; geralmente pior.
Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.
  Créditos
Livro: O Homem que Veio da Sombra
Autor: Luiz Gonzaga Pinheiro
Música: Edelweiss Instrumental