sexta-feira, 8 de julho de 2011

Quantas vezes perdoarei a meu irmão



“Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Eis uma dessas palavras de Jesus que mais devem atingir a vossa inteligência e falar mais alto ao vosso coração.
Comparai essas palavras de misericórdia com as da oração tão simples, tão resumida e tão grande em suas aspirações, que Jesus dá aos seus discípulos, e encontrais sempre o mesmo pensamento. Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: Perdoarás, mas sem limites; perdoarás cada ofensa, ainda que a ofensa te seja feita frequentemente; ensinarás aos teus irmãos esse esquecimento de si mesmo que os torna invulneráveis contra o ataque, os maus procedimentos e as injúrias; serás brando e humilde de coração, não medindo jamais a tua mansuetudade; farás, enfim, o que desejas que o Pai Celestial faça por ti; não tem ele que te perdoar frequentemente, e conta o número de vezes que seu perdão desce para apagar tuas faltas?

Escutai, pois, essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos; perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos mesmo de vosso amor. Daí, porque o Senhor vos restituirá; perdoai, porque o Senhor vos perdoará; abaixai-vos, porque o Senhor vos elevará; humilhai-vos, porque o Senhor vos fará sentar à sua direita.
Aquele que entrou neste caminho dele não deve se afastar mesmo pelo pensamento, que Deus conhece. Fazei, pois, que eles estejam despojados de todo sentimento de rancor; Deus sabe o que permanece no fundo do coração de cada um. Feliz, pois, aquele que pode cada noite adormecer dizendo: Nada tenho contra meu próximo.”

 Evangelho Segundo o Espiritismo  Allan Kardec.


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